Eco-Coaching
Coaching on-line ou presencial
Sobre o processo
Um sistema autónomo, num organismo, é aquele que não sendo totalmente independente do resto tem as suas próprias regras.
Gostamos de pensar no ser humano, um ser gregário, como um ser autónomo devido à sua interdependência. Nós não somos a espécie mais forte do planeta. Não somos os mais rápidos, talvez nem os mais inteligentes. A nossa única vantagem é a nossa capacidade de cooperarmos, ajudarmo-nos. Nós reconhecemo-nos uns nos outros e somos impelidos para a compaixão, para o heroísmo e para o amor. São essas características que nos tornam mais fortes, mais rápidos e mais inteligentes, e é por isso que sobrevivemos; e é por isso que queremos sobreviver.
Mas será a autonomia da decisão pessoal, exercício livre da vontade e consequente responsabilidade, uma ilusão? Controlamos o nosso pensamento ou este é um mero automatismo? Como nos diz um pensador que poderia ser Kant: “Cuidado, os 5 sentidos podem-te iludir! Não deixes que a tua fantasia se guie pelos teus sentidos, nem que a tua vontade seja orientada pela tua fantasia. Faz com que o teu entendimento seja a força moderadora entre os sentidos e a fantasia para que assim conheças a realidade.” Contudo, os contextos em que vivemos e nos moldaram, criam também a pessoa que somos e o tipo de decisões que tomamos. A nossa biografia é parte integrante do ser consciente que somos.
A autonomia é uma qualidade de cada pessoa concreta na sua circunstância concreta que lhe permite autogovernar-se, no meio dos sistemas ao seu redor.
À nossa capacidade de abordar os desafios da vida de modo consciente com atitudes construtivas chamamos de autonomia. O coaching AUTONOMIA é um processo metódico de tomada de consciência sobre os contextos em que vivemos e nos moldaram e de como podemos melhorar ainda mais a nossa capacidade de dar resposta a pequenos e grandes desafios do dia-a-dia que somados são todos os nossos anos de vida até então.
Com este conjunto de sessões de orientação teórica e prática pretende-se acompanhar o participante num processo individualizado de transição pessoal.
Por vezes, sentimo-nos presos a hábitos e comportamentos que não são realmente fundamentais à vida e ao bem-estar. Frequentemente, não estamos plenamente conscientes de que muitas das práticas a que estamos acostumados não são as mais adequadas às nossas necessidades. Nem sempre temos presentes alternativas práticas para questões quotidianas. Por isso, é fácil acomodar-nos a hábitos mesmo tendo noção de que algo não está bem, continuando a agir do mesmo modo. Este estado de coisas em nada contribui para a resolução dos nossos problemas: é apenas um adiar da verdadeira solução.
Com este programa podemos aprender a reconhecer e distinguir quais as práticas que mais de adequam à nossa vida. Tomaremos contacto com as ferramentas de que dispomos e, se necessário, adquiriremos novas e com estas empreenderemos um trabalho de restauro da nossa pessoa.
A mudança verifica-se não por nos tentarmos obrigar a mudar, mas sim, por reconhecermos o que não está a funcionar.
Este processo que se poderá fazer em duas modalidades, PRESENCIAL ou ON-LINE, destina-se a qualquer pessoa a partir dos 21 anos que tenha como objectivo melhorar a sua vida através de ferramentas práticas. As metodologias usadas centram-se na observação, atenção, concentração, criatividade e consciência podendo, no entanto, tocar várias disciplinas desde as mais ligadas ao corpo e suas expressões como as mais ligadas ao raciocínio e aos sentimentos.
Sabedoria viva
Há coisas em nós próprios das quais nos temos de desfazer; e há coisas que temos de mudar, mas apesar disso, não precisamos de nos tornar demasiado desesperados, demasiado impiedosos, demasiado combativos.
Ao longo do caminho para a felicidade e para a utilidade, muitas dessas coisas mudarão por si próprias, e com as outras podemos ir trabalhando enquanto caminhamos.
A primeira coisa que temos de fazer é reconhecer e confiar na nossa natureza interior e não a perder de vista, porque dentro do patinho feio há um cisne, dentro de cada um de nós há algo especial que temos de manter.
A eficiência é como a água que corre sobre e em redor das pedras no seu caminho - não a abordagem mecânica e directa que geralmente acaba por fazer curto-circuito com as leis naturais, mas uma abordagem que se desenvolve a partir de uma sensibilidade interna ao ritmo natural das coisas.
Meus amigos, gostaria muito de vos lançar três desafios:
- O desafio do Homem - ter a sua palavra.
- O desafio da aventura - explorar o mundo e criar.
- O desafio social - decidir com os outros.
Se aceitardes tais desafios assegurai-vos no vosso caminho que sois sempre verdadeiros para convosco, para que mais facilmente sejais verdadeiros para com os que vos rodeiam.
Reflexão de processo
Este curso ajudou-me a tomar consciência sobre a forma como a minha atitude, escolhas e objetivos determinam em grande medida o que acontece na minha vida e a satisfação que sinto no geral, quer comigo própria quer com o curso dos acontecimentos.
Percebi que para que as coisas aconteçam de forma positiva devo ser muito sincera comigo, sendo primeiramente consequencialista e seguidamente activa na minha defesa própria. Adquiri esta compreensão ao lembrar que a autonomia é um estado de espírito responsável. É a ferramenta de quem procura encaminhar-se na vida segundo objetivos auto-respeitadores, equilibrados e realistas.
Foi importante perceber em primeiro lugar o que é a autonomia. E também experienciar o sentimento de poder, de capacidade de escolha, instituído de satisfação, na forma como conduzo a minha vida.
Tive diversos insights neste curso, relacionados com a temática da autonomia. Para além de entender, globalmente, que a autonomia tem um papel muito importante na minha felicidade, melhorei a minha forma de entender as seguintes dimensões da minha vida interior:
- A forma como entendo os meus objetivos, que se tornaram mais claros com este trabalho
- A energia com que reúno os meus recursos para atingir os meus objectivos
- O tipo de objetivos que decidi perseguir
- A forma como me relaciono e ajusto a minha vida relacional para ter uma vida equilibrada e em consonância comigo.
Este curso foi uma aventura de auto-descoberta muito surpreendente. Foi diferente duma psicoterapia, tendo tido um carácter mais prático e experiencial, e dinamizando um processo de encontro comigo mesma muito objetivo e directo. Foi também desafiador, proporcionando-me experiências diferentes e exploratórias.
Agradeço ao coach as suas observações genuínas e pertinentes, o seu estilo educado mas também frontal, e o seu grande rigor ético, que me trouxe uma satisfação interior que alimentou o processo.
Aconselho este curso com a consciência limpa, porque ele foi realmente benéfico para mim e acredito que poderá sê-lo para outros, que o procurem viver de modo muito autêntico. A autenticidade e a capacidade de auto-exposição parece-me ter funcionado em mim, e aconselho esta atitude para que o interior do participante seja realmente tocado e transformado por esta experiência riquíssima e pelas observações muito inteligentes do coach.
Catarina Mendes
Maio de 2016 e ainda a decorrer
Carta de Motivação
Difícil escrever algo sobre autonomia. Difícil pois é um processo, uma busca em que me encontro há vários anos. Vou tentar definir aqui autonomia e mostrar onde, para mim, estão as implicações e os pontos fracos deste conceito. Talvez seja aí, nos pontos fracos, que residam meus objetivos e expectativas no programa.
Pois bem, parto da palavra grega. Auto (próprio), nomos (regra, lei, caminho). Portanto, um conceito que refere seu portador a ele mesmo, que encontra em si as suas regras e próprios caminhos. O seu oposto seria a heteronomia, que poderia ser traduzido como regra ou caminho traçado por outros.
O conceito de Autonomia é sempre relativo. Sempre depende de algo que o complemente. Para entendê-lo, é preciso dizer autonomia "de quê" e "em relação a quê". Assim, se torna mais claro e de fácil compreensão quando digo "autonomia alimentar", "autonomia energética", etc.
Quando ligamos autonomia à idéia de não-dependência, passamos a ter à nossa frente uma opção, que pode ou não se transformar em uma busca.
Aqui as coisas podem começar a se complicar. No âmbito individual, de estabilidade emocional, saúde psíquica, etc., ainda fica fácil falarmos em autonomia. Porém quando transpomos o conceito para uma referência coletiva, como pensar na idéia de autonomia? Seria desejável, ou mesmo possível, abrir mão da presença de outros? Como estabelecer metas de autonomia coletivas (ou dentro de um coletivo), sem com isso desrespeitar as opções (ou autonomias) individuais, dentro deste corpo coletivo? Ou, em outras palavras, como fazer bem cohabitar (já que conciliar seria algo aparentemente impossível) dentro de um coletivo as noções de autonomia individual de cada integrante, sem com isso ferir a idéia de autonomia do coletivo em si?
A questão é sutil e complexa, difícil de ser suficientemente expressa em palavras.
Filipe Magalhães Amato
4 a 7 de Abril de 2015
Formação em Autonomia
Que quer isso dizer?
Quer dizer dialogar com o Luís Stuart numa abordagem de simplificação e ordenação da mente. Que posso dizer sobre o Luís? É uma pessoa íntegra, acho-o equilibrado, franco, corajoso, transparente e acessível na sua forma de pensar e de abordar a vida. Tem provas dadas. Trabalhei com ele e fizemos algumas sessões portadoras de lucidez. Como, nesta fase, tenho os ritmos bastante condicionados pela minha vida familiar, de momento não estou na formação de autonomia. De qualquer modo, para quem pretenda clarificar a sua mente e os seus objectivos de vida, para quem queira uma visão fresca e bem estruturada, recomendo!
Maria Madalena Peres
Novembro de 2015